Pode-se comparar o sistema circulatório
do corpo humano com
a bacia hidrográfi ca, a unidade
básica do sistema circulatório da Terra.
A bacia hidrográfi ca é formada por
um conjunto de nascentes, riachos e
córregos profundos e superfi ciais, assim
como o sistema circulatório é formado
por um conjunto de vasos e veias, de
pequeno, médio e grande calibre. Ambos
constituem uma complexa rede de
distribuição. Um dano ocorrido em
qualquer um dos pontos pode afetar
todo o sistema, ou seja, o conceito de
bacia gera a necessidade de solidariedade
para sua conservação e preservação.
A vida no planeta somente foi possível
devido à existência da água na sua
forma líquida. As primeiras espécies
de vida surgiram na água e dependiam
inteiramente dos elementos no meio
ambiente aquático.
O desenvolvimento dos seres vivos,
criando seus meios internos próprios
para uma vida fora do ambiente aquoso,
possibilitou maior liberdade de algumas
espécies, que já não necessitavam continuar
imersas no meio aquoso, mantendo,
porém, estreita relação com a água, pois
ela se constitui a matéria predominante
nos organismos vivos. O exemplo maior
dessa relação é a gestação humana. Durante
nove meses, o feto se desenvolve
submerso em uma grande quantidade de
líquido, chamado de líquido amniótico.
A evolução do processo de metabolismo e da composição
dos meios internos dos seres vivos, acarretou uma
alteração no tipo de água a ser consumida, de salgada
para doce. O ciclo hidrológico foi concentrando o sal
da terra nos oceanos e a água doce em rios, córregos,
nascentes e lagos que formam os cursos d’água e os
lençóis freáticos subterrâneos.
“Da mesma maneira que o sistema circulatório carreia
os nutrientes e oxigênio para manter a vida de um ser
humano, o curso de água também conduz nutrientes
e oxigênio por onde passa. Portanto, correndo o risco
das analogias, pode-se afi rmar que a água é o sangue
da terra. A água percorre todos os ecossistemas e, ao
fazê-lo, carreia tudo de bom e de ruim que encontra
pelo caminho. Dessa forma, os cursos d’água estão sendo
contaminados por poluentes lançados indevidamente
na atmosfera ou depositados no solo, como o lixo, os
esgotos e os efl uentes industriais. Assim como a análise
de sangue revela dis-túrbios da saúde humana, o exame
das águas será capaz de detectar os desequilíbrios na
saúde da natureza e até revelar a história da população
que habita aquela região e sua mentalidade” (UFMG,
2.002).
A bacia hidrográfi ca do rio Meia Ponte tem dois
fatores a considerar, o quantitativo: a diminuição da
disponibilidade hídrica por impermeabilização, alterações
climáticas e aumento percapta do consumo em
diferentes atividades, mas também o qualitativo pelas
constantes agressões por contaminações diversas.
Contaminar o meia ponte é contaminar a essência
das cadeias alimentares e transpor a contaminação a
espécie humana.
Desta forma, conclui-se que a Água é o sangue da
vida do planeta Terra, o fl uído que dá vida a todos os
organismos, plantas, animais e humanos. A existência
do ser humano está intimamente conectada com a
qualidade da água disponível para seu uso.
do corpo humano com
a bacia hidrográfi ca, a unidade
básica do sistema circulatório da Terra.
A bacia hidrográfi ca é formada por
um conjunto de nascentes, riachos e
córregos profundos e superfi ciais, assim
como o sistema circulatório é formado
por um conjunto de vasos e veias, de
pequeno, médio e grande calibre. Ambos
constituem uma complexa rede de
distribuição. Um dano ocorrido em
qualquer um dos pontos pode afetar
todo o sistema, ou seja, o conceito de
bacia gera a necessidade de solidariedade
para sua conservação e preservação.
A vida no planeta somente foi possível
devido à existência da água na sua
forma líquida. As primeiras espécies
de vida surgiram na água e dependiam
inteiramente dos elementos no meio
ambiente aquático.
O desenvolvimento dos seres vivos,
criando seus meios internos próprios
para uma vida fora do ambiente aquoso,
possibilitou maior liberdade de algumas
espécies, que já não necessitavam continuar
imersas no meio aquoso, mantendo,
porém, estreita relação com a água, pois
ela se constitui a matéria predominante
nos organismos vivos. O exemplo maior
dessa relação é a gestação humana. Durante
nove meses, o feto se desenvolve
submerso em uma grande quantidade de
líquido, chamado de líquido amniótico.
A evolução do processo de metabolismo e da composição
dos meios internos dos seres vivos, acarretou uma
alteração no tipo de água a ser consumida, de salgada
para doce. O ciclo hidrológico foi concentrando o sal
da terra nos oceanos e a água doce em rios, córregos,
nascentes e lagos que formam os cursos d’água e os
lençóis freáticos subterrâneos.
“Da mesma maneira que o sistema circulatório carreia
os nutrientes e oxigênio para manter a vida de um ser
humano, o curso de água também conduz nutrientes
e oxigênio por onde passa. Portanto, correndo o risco
das analogias, pode-se afi rmar que a água é o sangue
da terra. A água percorre todos os ecossistemas e, ao
fazê-lo, carreia tudo de bom e de ruim que encontra
pelo caminho. Dessa forma, os cursos d’água estão sendo
contaminados por poluentes lançados indevidamente
na atmosfera ou depositados no solo, como o lixo, os
esgotos e os efl uentes industriais. Assim como a análise
de sangue revela dis-túrbios da saúde humana, o exame
das águas será capaz de detectar os desequilíbrios na
saúde da natureza e até revelar a história da população
que habita aquela região e sua mentalidade” (UFMG,
2.002).
A bacia hidrográfi ca do rio Meia Ponte tem dois
fatores a considerar, o quantitativo: a diminuição da
disponibilidade hídrica por impermeabilização, alterações
climáticas e aumento percapta do consumo em
diferentes atividades, mas também o qualitativo pelas
constantes agressões por contaminações diversas.
Contaminar o meia ponte é contaminar a essência
das cadeias alimentares e transpor a contaminação a
espécie humana.
Desta forma, conclui-se que a Água é o sangue da
vida do planeta Terra, o fl uído que dá vida a todos os
organismos, plantas, animais e humanos. A existência
do ser humano está intimamente conectada com a
qualidade da água disponível para seu uso.
Doutor-UFV, Professor da UCG e do IF Goiás, onde
coordena o curso de Engenharia Ambiental e a área
de Meio Ambiente, respectivamente.